Me sinto desanimada.
Sem rumo....
Minha aparente calma,
é só fachada.
Não quero que as pessoas percebam,
o quanto estou triste e solitária.
E nem sintam, a dor que emana, de meu ser.
Tua ausência, me deixou perdida.
Meus olhos não tem vida,...
meu sorriso não tem alegria.
As lágrimas que insistiam em cair.
Agora acabaram, secaram-se...
Hoje, elas estão presas dentro de mim...
e minh'alma chora sufocada!
A angústia me consome dia - após - dia.
Fico a pensar loucamente.
Se algum dia, irei sair desta prisão, que se tornou minha vida.
Pois, vivo em um mundo só meu.
De recordações do que fora o nosso amor.
Tento desesperadamente, me soltar.
E catar os cacos que sobraram de mim.
Mas é tudo em vão.
Não tenho forças para tanto.
E na verdade, às vezes percebo um prazer enorme.
Em poder viver aqui.
Pois, tenho você ainda em minhas recordações.
E me recuso a perder o que restou de nós.
Tenho medo de sair daqui...
Tenho medo de abrir esta porta...
de deixar para traz todos meu sonhos não realizados...
Toda vida não vivida...
Tenho medo, de que um vento impetuoso a feche.
Medo, de nunca mais poder voltar para o que restou
de mim...
e de você meu amor!
E assim, não ter a deliciosa sensação, de estar em teus braços,
de sentir o gosto de teu beijo...
O toque de suas mãos...
E me estremece, a simples ideia,
de não ter mais a tua lembrança.
Que é o que restou de nossa história.
E é isto o que mantêm ainda com vida.
Te amo.
Jucilene Rosa
